Saúde

Pelotense luta contra leucemia pela quinta vez

Aísha Shaun, de 23 anos, pede a ajuda da comunidade para custear os tratamentos necessários para a cura

Carlos Queiroz -

Quando Aísha Schaun, 23, realizou o transplante de medula óssea em 2018, achou que o câncer teria sido apenas um capítulo em sua história. No entanto, dias antes de completar quatro anos do seu transplante, a jovem recebeu a notícia de que a sua leucemia havia voltado. E pela quinta vez.

Ninguém espera ter que conviver com uma palavra como "leucemia", muito menos logo aos nove anos. Mas foi nessa idade que Aísha recebeu o diagnóstico pela primeira vez. Ao lado do seu pai, José Luís Shaun - o seu maior companheiro nos tratamentos -, foram três anos, entre idas e vindas, até o Hospital da Criança Conceição, onde realizava o tratamento em Porto Alegre. Ao fim das etapas, ambos pensaram que a doença havia ficado no passado. Desde então, Aísha já precisou enfrentá-la mais três vezes.

Em 2017, na terceira vez em que a leucemia apareceu em seu organismo, surgiu a oportunidade de realizar o transplante de medula óssea - tratamento que pode levar à cura. Pelas circunstâncias da época, foi necessário realizar o procedimento em Brasília. A jovem criou uma vaquinha para custear as despesas.

Aísha já havia realizado, em 2022, exames que mostravam que estava tudo certo. Só que no dia 10 de março, três dias antes de completar quatro anos do seu transplante, depois de realizar novos testes, sua médica deu a notícia que ela menos esperava: que a leucemia havia voltado para o seu sistema nervoso. A jovem revela que teve vontade de desistir, mas com o apoio da família e de amigos voltou atrás. "Eu só tenho 23 anos, minha vida não acaba por aqui", diz.

Com o início do tratamento, a rotina de Aísha mudou. Ela precisou se afastar do trabalho, trancar a faculdade de Terapia Ocupacional e deixar de receber visitas. Além disso, voltou a frequentar um local já conhecido: o hospital. Desta vez, o de Clínicas, de Porto Alegre. Com as transfusões, quimioterapias e remédios, Aísha expõe que a rotina é cansativa, mas foi pensada para não gerar mais dor. "Tudo está sendo calculado para não atrapalhar a minha qualidade de vida", resume.

Na tarde desta terça-feira (5), como parte dos protocolos do tratamento, a pelotense foi internada na capital do Estado.

Força para encarar essa luta
Desta vez, Aísha resolveu compartilhar as etapas do seu tratamento em suas redes sociais. Através de vídeos e fotos, ela divide com seus seguidores a rotina de exames, transfusões e outros procedimentos. A partir disso, a jovem conta que muitas pessoas passaram a lhe mandar mensagens de carinho e apoio, o que para ela tem grande importância. "Só eu e meu pai sabemos o que passamos, então é muito bom saber que não estamos sozinhos", desabafa. A tatuagem de Nossa Senhora de Aparecida que carrega na pele entrega outra fonte de esperança: a fé. "Se eu não tivesse fé, eu não estaria mais aqui", finaliza.

Ainda não existe uma estimativa de quanto tempo pode durar o tratamento e nem a quanto podem chegar os custos, mas para ajudar a custear as despesas já em andamento, a jovem criou uma vaquinha e pede a ajuda da comunidade. As doações podem ser feitas através do link ou por Pix, pela chave 026.068.480-55 (CPF).

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